Páginas

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Ainda no início do século XX, o informalismo de Robinson e Jekyll estende-se à Alemanha dando origem a uma nova corrente de plantação naturalista protagonizada por Karl Förster (1874 – 1970).

Assim, na década de trinta, enquanto Percy Cane se dedicava à conversão da tradicional bordadura inglesa numa estrutura mais curvilínea, na Alemanha, Karl Förster empreendia num estilo de plantação inteiramente informal e orgânico, onde, mesmo na proximidade da casa, os canteiros e bordaduras são completamente dissolvidos (HOBHOUSE, 1997). Viveirista, produtor, reprodutor de plantas e escritor, Förster promove a importância do papel dos fetos e gramíneas no jardim. Estas plantas, ajustáveis a múltiplas aplicações, às quais Förster chamava “companheiras do vento” (18), trazem ao jardim uma nova dimensão de informalidade: “elas proporcionam um ambiente de aparência casual e natural permanecendo, em simultâneo, contrastantes o bastante para mostrar o toque do desenhador e sublinhar o carácter artificial da plantação” (19) (figuras C21).

(18) Cf. Loidlreisch, Cordula, “Plants and design” in Topos – European Landscape Magazine, nº37, Dez.2001, p.99.
(19) Cf. Loidlreisch, Cordula, Ibidem, p.99.

Sem comentários:

Enviar um comentário