Os alinhamentos são constituídos por conjuntos de elementos dispostos segundo uma, duas ou várias linhas rectas (LARCHER, 1996). A sua essência reside na ênfase linear posta no arranjo dos elementos do conjunto (figuras C4). Os elementos que compõem um alinhamento são geralmente iguais entre si podendo, no entanto, ser distintos (como sucede nas combinações em alinhamento de oliveiras e ciprestes de Fernando Caruncho). Uma das principais características deste tipo de formação é a condução do olhar na direcção das linhas estabelecidas, sendo particularmente importante como forma de orientar a circulação através do espaço, estabelecer relações de continuidade visual, ou direccionar o olhar no sentido de um determinado elemento, interior (como por exemplo uma escultura) ou exterior ao jardim (como a paisagem) (figuras C5).
Dependendo do compasso de plantação, as espécies em alinhamento podem conservar a sua individualidade ou apresentar deformações resultantes da “confrontação entre as sensibilidades próprias do vegetal e as competições que se exercem no seio do grupo” (3). Pelo seu porte reduzido, as herbáceas, são geralmente consideradas em função das suas propriedades de massa, formando alinhamentos quando o carácter da formação é nitidamente rectilíneo.
(3) Cf. Larcher, J.L. & Dubois, M.N., Aménagement et maintenance des surfaces végétales, Techniques & Documentation, 1996.
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