Nas palavras de Sven-Ingvar Andersson (1999) a vitalidade das plantas faz com uma disposição simples e formal seja suficiente ao preenchimento de todos os requisitos necessários ao jardim. Por esta razão, a diversidade de plantas e materiais é, nos seus trabalhos, reduzida a favor da clareza espacial e das qualidades intrínsecas dos próprios materiais. Do mesmo modo, a geometria das formas a que recorre para organizar o espaço é simples e pragmática, predominando as espirais, os círculos, os quadrados e as ovais, tal como, de resto, sucedia já na obra de Carl Theodor Sorensen, seu professor e mestre.
As ovais, formas um tanto invulgares na arte dos jardins, são consideradas por Andersson particularmente interessantes, tanto por razões funcionais como estéticas. São formas precisas, fáceis de contornar, evitam os problemas característicos dos cantos e são geradoras de uma tensão extremamente apelativa. Para além disto, a oval é uma forma que se coordena perfeitamente com as formas vegetais, alheias ao ângulo recto, sendo por isso a “forma ideal para plantar um grupo de árvores ou um canteiro de rosas” (56).
(55) Natural da Suécia (onde nasce a 1927), Sven-Ingvar Andersson, desenvolve o seu trabalho de arquitecto paisagista na Dinamarca, sendo reconhecido como um dos mais importantes arquitectos paisagistas escandinavos contemporâneos.
(56) Cf. Andersson, Sven-Ingvar, “The antidote to Virtual Reality” in Between Landscape Architecture and Land Art (ed. Udo Weilacher), 1999, p.166.
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