sábado, 10 de abril de 2010

2.2.2. As plantas no jardim moderno

Entre o início da década de vinte e meados da década de sessenta, início da época contemporânea segundo a cronologia de Dantec (1996), coexiste uma enorme variedade de formas de tratamento da vegetação. Por esta altura, a arte dos jardins torna-se objecto de inúmeras pesquisas e experiências no intuito de encontrar uma nova imagem para o jardim moderno, impondo-o em simultâneo na sua dimensão de arte, a par da arquitectura, da escultura e da pintura. Tal como na arquitectura, alguns paisagistas (e também arquitectos) tentam renovar a linguagem do jardim através da introdução de novos materiais (como Robert Mallet-Stevens ou Gabriel Guérvrékian), enquanto outros permanecem fiéis ao recurso à vegetação como elemento principal na definição do jardim (figura B28). Em diferentes partes do mundo, e em circunstâncias históricas, económicas, políticas e sociais muito distintas, o jardim e o emprego de vegetação assumem formas e significados variados cujo elo em comum é, porventura, somente a busca de uma estética renovada associada às artes de vanguarda.

As obras de André Vera e Burle Marx (referidas de seguida) representam duas das tendências mais significativas deste período no que respeita à inovação das formas de tratamento da vegetação enquanto material plástico.

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