sexta-feira, 9 de abril de 2010

Num jardim minimalista quanto menor é o número de elementos vegetais utilizados, maior é o pormenor imposto ao sistema de relações estabelecidas com o espaço. A luz, as sombras, os reflexos, as proporções, as relações de semelhança, de continuidade, ou interacção com a casa ou a paisagem, são, no jardim minimalista, aspectos cuidadosamente estudados e, muitas vezes, dependentes da escolha e tratamento da vegetação. Para além da valorização da dimensão escultórica da forma das plantas, o pormenor e subtileza exigido neste jardim induz a uma enfatização do papel desempenhado pelas texturas. Elas são consideradas não apenas pelas suas características (finas, grosseiras, densas, semi-transparentes, opacas, brilhantes) mas também por todas as relações (de harmonia e de contraste) estabelecidas com os materiais adjacentes. De facto, não basta reduzir em número os elementos de um jardim para o tornar minimalista. O jardim minimalista é uma síntese, não uma redução.

Sem comentários:

Enviar um comentário