sábado, 10 de abril de 2010

A vegetação possui texturas com características muito variadas: texturas muito grosseiras (como a da Catalpa bignonioides) a muito finas (como a da Soleirolia Soleirolii); densas (como a do Buxus Sempervirens) a semi-transparentes (como a da Syringa vulgaris); opacas (como a do Ginko biloba) a brilhantes (como a do Laurus nobilis). Para certos propósitos do desenho a escolha das características texturais é particularmente importante, como no caso da definição de panos de fundo, em que as texturas finas, densas e opacas são as que mais favorecem o enquadramento a flores ou a outros elementos. Por outro lado, árvores de textura grosseira e recortada saem beneficiadas quando utilizadas como pontos focais a uma distância que permita que a sua textura seja apreciada sobreposta ao céu (CROWE, 1994).

O princípio de maior importância no agrupamento de plantas com diferentes texturas é a simplicidade. Este principio, que se traduz numa leitura clara das relações entre os diversos elementos, é tanto mais relevante quanto menor for a variação de volume e de forma no interior da composição, pois, neste caso, são as qualidades das superfícies que determinam os seus diferentes planos e a sua variedade (figura B14).

O uso da textura como forma de composição plástica é particularmente adequado a espaços pequenos, onde as distâncias permitam a apreensão do pormenor. Nestas circunstâncias, a textura é tão importante como a cor, ainda que a sua percepção possa ser mais subtil. À medida que as distâncias aumentam, a textura dilui-se em mancha, e a cor é a qualidade de superfície que domina.

Sem comentários:

Enviar um comentário