Ainda que mais enfatizada, a cor não é a única qualidade plástica da vegetação explorada por Vera nas suas criações. Formas e volumes assumem um papel determinante no acompanhamento das características de regularidade geométrica do desenho, reforçando o seu carácter voluntário. Segundo Vera “o artista já não se contenta, nas suas obras plásticas, em representar as figuras como as encontra na natureza” (29), pelo que as formas das árvores de alinhamento e dos arbustos isolados devem ser, sempre que necessário, talhadas conforme a sua vontade. Do mesmo modo, certas formas naturais da vegetação devem ser consideradas pelo seu aspecto típico e pelas suas qualidades de massa. A textura é, de todas, a qualidade da vegetação menos referida por André Vera, ela parece ter sido, enquanto qualidade de superfície, completamente subjugada pela cor.

As composições coloridas de André Vera, em tudo conformes aos princípios por ele estabelecidos, encontram-se expressas em numerosos jardins, sobretudo privados (figura B30).

(29) Cf. André Vera in Dantec, Jean-Pierre le, Jardins et Paysages, Larousse, Paris, 1991, p.379.