sexta-feira, 9 de abril de 2010

2.2.3. As plantas e a arte no jardim contemporâneo

Em meados da década de sessenta, o curso da arquitectura paisagista começa a alterar-se à medida que preocupações sociais e ambientais assumem prevalência (ADAMS, 1991). A democratização do espaço, a massificação dos transportes individuais e o crescimento contínuo das cidades, associados a toda uma nova problemática ambiental e ecológica, concentra cada vez mais os esforços de paisagistas sobre propostas de planeamento abrangentes e funcionais. Para além disto, os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial, a difusão de novos sistemas de mercado e a revolução técnica associada às tecnologias da comunicação, conduzem, num plano teórico, a uma vasta discussão centrada no conceito de paisagem. Assim, por esta altura, o jardim dilui-se na paisagem e a paisagem no jardim. Trata-se de um período em que as preocupações de natureza social e ambiental suplantam nitidamente as de carácter estético (ADAMS, 1991) e o próprio conceito de jardim se torna difuso. No entanto, a quebra do elo entre a arte e o jardim é apenas temporária. Progressivamente, a estética reconquista o seu domínio e, aos poucos, vão surgindo tendências artísticas inovadoras. A partir da década de oitenta, mas sobretudo na década de noventa, a arte retorna ao centro da problemática da concepção do jardim.

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