sábado, 10 de abril de 2010

Certas espécies possuem folhas de cores invulgares, como os púrpuras (figura B15, Canna ‘Purpurea’), pelo que se distinguem da generalidade da vegetação, tornando-se muitas vezes dominantes a ponto de condicionarem a imagem de toda a composição. Por esta razão, Sylvia Crowe (1994) considera estas espécies mais favoráveis à concepção de esquemas ajustados à sua utilização, e dela inteiramente dependentes.

Nalguns jardins as variantes de combinação cromática da cor das folhas é o único argumento usado no arranjo da vegetação. No entanto, a beleza e diversidade das flores é, num grande número de casos, a mais forte razão para o fascínio que a cor exerce sobre os criadores de jardins (figuras B17).

De acordo com Sylvia Crowe (1994), existem três formas de lidar com a cor no interior do jardim: a primeira respeita a arranjos monocromáticos apenas pontuados por cores vivas e contrastantes; a segunda baseia-se nas harmonias estabelecidas pela própria natureza; a terceira e última refere-se ao tratamento artístico da cor recorrendo às plantas como se se tratassem de cores numa paleta. A mesma autora considera que, na generalidade dos casos, a natureza é o guia mais seguro, e que o segredo para o sucesso das composições naturais reside na dominância de uma cor, ou harmonias de cores, sobre uma extensa área, ou na divisão em padrões caleidoscópios das cores que se misturam entre si.

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