segunda-feira, 12 de abril de 2010

Certas formas destacam-se, pela sua peculiaridade, da generalidade das formas encontradas na vegetação. Estas “formas extremas”, muito marcantes, possuem um grande valor na medida em que reforçam o carácter de uma composição (CROWE, 1994). Todavia, devem ser empregues cuidadosamente e, apenas, onde é necessária uma maior ênfase. Nas árvores, as formas extremas mais frequentes são as fastigiadas (como a do Cupressus sempervirens), as colunares (como a do Taxus baccata) e as pendentes (como a do Salix babylonica) (7).

As formas de todas das plantas estão em permanente mutação, são formas vivas, que crescem, que se renovam, e que envelhecem. Nas espécies de folha caduca, as transformações periódicas da aparência da forma, que ocorrem aquando da queda das folhas, põem em evidência as estruturas das plantas, gerando uma grande variedade e dinâmica que contrasta com a permanência das formas das espécies de folha persistente.

Por vezes, as condições particulares do meio deformam a vegetação alterando as formas características das espécies. Este é o caso das zonas ventosas onde as formas são, muitas vezes, esculpidas pelo vento. Neste caso, o valor da forma é reforçado pois reflecte de modo evidente o carácter próprio do sítio.

As alterações à forma da vegetação também podem ser produzidas artificialmente, ou seja, esculpidas pelo homem a partir da sua forma original. A criação de formas artificiais - topiária - foi uma arte muito desenvolvida nos séculos XVI e XVII e tem vindo a ser renovada ao longo de todo o século XX (figuras B9-B10).

(7) Nalgumas regiões, tais como a região mediterrânica ou em regiões de climas tropicais, por aí não serem características, as formas piramidais são também consideradas extremas.

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