quinta-feira, 8 de abril de 2010

Isto levou-o a aprofundar os seus estudos no âmbito das “tecnologias alternativas” (em particular jardins de cobertura, aproximações ao aprovisionamento auto-suficiente de água, aproveitamento da energia solar e reciclagem de materiais) e a adoptar uma posição inteiramente inovadora face à arquitectura paisagista (figuras C40). De facto, a sua maior atracção prende-se com o desenvolvimento de princípios e estratégias aplicáveis à abordagem da destruição e da decadência. Para ele, a imaginação é muito mais desafiada diante os estados de caos do que perante a harmonia (LATZ, 1999), já que “os lugares de devastação oferecem muito maior liberdade de acção, não apenas para o arquitecto paisagista, mas sobretudo para o utilizador” (51).

De acordo com Peter Latz (1999) as suas intervenções não visam a provocação, mas a contextualização, a apreensão do genius loci. Aspectos que requerem uma nova interpretação dos elementos e das estruturas. A sua abordagem ao desenho de arquitectura paisagista depende, assim, essencialmente do contexto, “da natureza única do lugar em questão”. Por esta razão, a sua linguagem compõe-se de todo o repertório da arte dos jardins, “desde o banco medieval às intervenções dos anos cinquenta” (52), assim como de toda a variedade de métodos históricos de construção (de canais, sistemas de irrigação, estufas, abrigos, etc.).

(51) Cf. Latz, Peter, “The Syntax of Landscape” in Between Landscape Architecture and Land Art, 1999, p.129.
(52) Cf. Latz, Peter, Ibidem, p.126.

Sem comentários:

Enviar um comentário