Um grupo converte-se em mancha pela perda de individualidade dos seus elementos, sendo que as características que mais favorecem a sua nitidez, como as formas marcantes, são contrárias às que mais favorecem a nitidez da mancha, onde se pretende uma fusão tanto mais completa quanto possível dos elementos entre si. Assim, forma-se uma mancha pela perda de individualidade de vários elementos justapostos, de distribuição geralmente aleatória, reconhecidos na sua totalidade como massa.
Uma mancha de vegetação pode ser formada tanto por elementos da mesma espécie como por elementos de espécies distintas, embora o seu carácter seja reforçado pela semelhança dos elementos que a compõem. O fundamental, no entanto, é a forte coesão do conjunto, coesão obtida por meio de características idênticas de volume, forma, textura ou cor.
A aglutinação de diversos elementos numa mancha produz uma forma de conjunto, isto é, possibilita o reconhecimento de um contorno que engloba em simultâneo todos os seus elementos. Quando definido através da própria vegetação, o contorno da mancha é em geral difuso, diluindo-se nos contornos das manchas ou elementos adjacentes. Assim, a clareza da mancha é acentuada pelo grau de contraste das suas características por relação às características dos elementos que lhe são próximos (figura C10). As manchas de contornos nítidos e precisos (como as de Burle Marx) são expressão de um desenho mais formal e marcadamente voluntário.
Sem comentários:
Enviar um comentário