sexta-feira, 9 de abril de 2010

No final da sua vida, Forestier toma a cargo a coordenação da Exposição de Artes Decorativas e Industriais de Paris (em 1925), evento que acabará por marcar o aparecimento de duas novas vertentes de formalismo geométrico: o cubismo e a arte déco.

No jardim cubista, as novidades introduzidas ao tratamento da vegetação prendem-se sobretudo com o facto desta ser empregue exclusivamente pela força expressiva das suas qualidades, quer seja a cor ou a forma dos elementos individuais considerados pelo seu valor escultórico. Abordagem que leva a que as condições do meio sejam negligenciadas (WIMMER, 2001). Mas, para além disto, há no jardim cubista algo de novo na relação estabelecida entre o próprio jardim e a vegetação. Pois, a par da introdução de novos materiais, tende a fazer-se equivaler o valor e significado das plantas ao de qualquer outro material, quebrando-se, de alguma forma, a ligação umbilical que as une ao jardim. No Jardim de Villa Noailles, concebido por Gabriel Guérvrékian, um dos exemplos mais representativos da vertente formal cubista, torna-se particularmente evidente a perda de influência da vegetação na definição do espaço (figura C25).

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