quinta-feira, 8 de abril de 2010

No trabalho de Latz não existe nenhum critério preestabelecido para a aplicação de vegetação, o que melhor caracteriza a sua linguagem vegetal é a versatilidade (figuras C41). As plantas invadem a máquina, colonizam o desperdício, envolvem-se nos processos de metamorfose das estruturas. Os jardins, mais ou menos convencionais, integram a estrutura do espaço tecnológico. A força simbólica da natureza emerge através da arte. Tudo depende dos lugares, dos espaços, das situações (figuras C42-C43).

O que mais fascina Peter Latz “são os sistemas que por um lado vão ao encontro de padrões altamente tecnológicos e por outro, desenvolvem virtualmente qualidades ecológicas ideais” (53). Estes sistemas (ecológicos e tecnológicos) são de tal forma interdependentes, que sem a existência de um, não há condições para a existência do outro (LATZ, 1999). É desta forma que, segundo Peter Latz (1999), uma grande parte do mundo em que vivemos funciona. Para ele, os verdadeiros novos espaços estão bem perto de nós, para os encontrar basta apenas olhá-los de outra forma.

(53) Cf. Latz, Peter, “The Syntax of Landscape” in Between Landscape Architecture and Land Art, 1999, p.130.

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