A par de Achille Duchêne, Jean-Claude Nicolas Forestier (1861-1930) foi uma das figuras que mais se destacou no retorno a uma estética marcada pela geometria e pela depuração da forma. Também Forestier se interessou pelo urbanismo (âmbito em que se distinguiu de forma notável) e pretendeu romper com o estilo paisagista de Alphand, mas, ao contrário de Achille Duchêne, o seu estilo revela uma grande independência relativamente aos valores de exaltação da tradição francesa. Forestier é simplesmente um adepto incondicional da simplicidade, da clareza e da ordem. Da linha recta, da curva simples ou, melhor ainda, do círculo. Das largas bandas de flores, das sebes perfumadas e das boas árvores, todas ordenadas de acordo com os traços firmes da vontade (figuras C24).
Alguns dos seus jardins mais originais localizam-se em Espanha (em Barcelona, Sevilha, Ronda, etc.), onde a sua principal fonte de inspiração lhe advém da luz e do clima mediterrânicos, da cultura islâmica, e do Renascimento italiano, de onde retira elementos tais como salas de verdura animadas de canteiros de flores coloridas postos ao centro (BARIDON, 1998). Mas também em França Forestier deixa diversos trabalhos dignos de nota, muito em particular a recuperação criativa dos Jardins de Bagatelle, à qual se associa a criação do seu célebre Jardim de Rosas (concebido em 1905).
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