Um espaço de estruturas quase exclusivamente vegetais, articuladas entre si por relações de abertura e estreitamento, “prados abertos e extensos ou vistas amplas alternadas com florestas fechadas ou massas densas de arbustos, padrões de sombra e de meia-luz e galerias contrastando com vistas abertas e soalheiras” (21).
De acordo com Robert Grese (2001), no estilo de pradaria a sequência das experiências espaciais era aprofundadamente estudada e, tanto Simonds, como Jensen e Caldwell, “coreografavam cuidadosamente o movimento das pessoas no interior das suas paisagens, criando um sentimento de mistério pela variação dos tamanhos dos compartimentos e sua conciliação parcial com os espaços adjacentes. Muito como nas divisões espaciais das casas de Frank Lloyd Wright (22), onde o espaço fluía subtilmente de um compartimento para o outro” (23) (figura D15)
(20) Cf. Grese, Robert E., “Roots of the Prairie Style, Part I”, http://www.jensjensen.org/Fall2000/RootsI.htm , 2000.
(21) Cf. Grese, R. E., “Roots of the Prairie Style, Part II”, http://www.jensjensen.org/Winter2001/RootsII.htm , 2001.
(22) Frank Lloyd Wright (1867-1959), considerado unanimemente um dos maiores arquitectos do século XX, desenvolveu uma proposta de simbiose entre a arquitectura e a paisagem que seria amplamente interpretada na concepção do jardim. A “problemática orgânica” da sua obra consiste essencialmente na vontade de que a arquitectura, pela sua implantação, formas e materiais, forme um corpo com o sítio (DANTEC, 1996). Em traços gerais, Frank Lloyd Wright aspirava a uma arquitectura não sobre a paisagem, mas com a paisagem. Juntamente com Jens Jensen, Frank Lloyd Wright protagonizou o estabelecimento do estilo de pradaria no Midwest (HOBHOUSE,1997).
(23) Cf. Grese, Robert E., “Roots of the Prairie Style, Part II”, http://www.jensjensen.org/Winter2001/RootsII.htm , 2001.
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