É talvez a frescura que emana dos verdes escuros e permanentes dos ciprestes, laranjeiras, magnólias, buxos e loureiros. Talvez a memória agarrada às espécies de oliveira ancestrais, ou a reinvenção de motivos antigos, como arquitecturas de verdura e labirintos. São talvez as pinceladas de perfumes e cores das buganvílias e dos jasmins sobre pérgolas e latadas, ou a forma criativa de alternar ciprestes e oliveiras e de os conjugar com os relvados (figuras C48-C50). O certo é que há algo de único nos jardins de Fernando Caruncho. Talvez a profundidade de um tempo que se estende de um passado longínquo ao presente, pois mesmo as plantas parecem diferentes nos seus jardins, presas a uma arquitectura firme que as desprende da paisagem à qual pertencem (figura C47).
(58) Famoso criador de jardins espanhol, Fernando Caruncho estudou Filosofia e Letras, dando posteriormente inicio a estudos de jardinagem e paisagismo. Em 1979 abre o seu próprio atelier, alcançando um rápido reconhecimento dada a excelência e singularidade do seu trabalho. A maioria dos seus jardins encontra-se em Espanha, mas os seus projectos estendem-se à França, aos Estados Unidos da América e ao Japão http://www.fernandocaruncho.com/.
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