sexta-feira, 9 de abril de 2010

Ainda no final do século XIX, porém, a oposição entre formalismo e informalismo era o centro de uma acesa discussão gerada em torno da concepção do jardim. Quando Frederick Law Olmsted se desloca a Londres, em 1892, depara-se com uma verdadeira batalha, tornada pública, entre as escolas formal e informal (ADAMS, 1991). De um lado Sir Reginald Blomfield, arquitecto líder das Belas Artes, sustentando que o objectivo do arquitecto paisagista não é o de “mostrar as coisas como elas são, mas mostrá-las tais com não são” (7), insistia num “completo retorno ao antigo estilo formal” (8) reclamando a estreita relação entre o jardim e a casa. Do outro, William Robinson, defensor incondicional do informalismo, desferia os mais rudes golpes sobre as fórmulas de concepção vitorianas, com os seus canteiros de flores anuais e formas de topiária, onde via “os mais feios jardins de sempre” (9) (figura C12).

(7) Cf. Sir Reginald Blomfield in Zuylen, Gabrielle Van, Tous les jardins du monde, Gallimard, 1994, p. 117.
(8) Cf. Sir Reginald Blomfield in Adams, William Howard, Roberto Burle Marx: The Unnatural Art of the Garden, Distributed by Harry N. Abrams, Inc., New York, 1991, p.16.
(9) Cf. William Robinson in Hobhouse, P., Plants in Garden History, Pavilion Books Limited, London, 1997, p. 235.

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